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Não há peritos criminais para atender todas as ocorrências criminais e acidentais em Mato Grosso. É o que pontua os números trazidos pelo presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco/MT), Antônio Magalhães, que aponta em que há 269 profissionais em todo o Estado. Mas o ideal é de 350 para recompor os que se aposentaram, colocar em municípios onde faltam e abrir novos pólos.
Nesta quarta - 4 de dezembro - é comemorado o dia do perito criminal. Engana-se quem pensa que a realidade da Politec seja somente a emissão de documentos e a necropsia de corpos. Enquanto forças da Polícia Civil interrrogam testemunhas para buscar as versões delas sobre fatos, a perícia se debruça sobre elementos da cena do crime, como sangue, armas, vestígios, impressão digital e entre outros. “Nós somos o braço científico (da investigação)”, disse.
Ao
, o presidente sindical disse que o número de peritos pode ser semelhante à de outros Estados. Mas, por serem de “extensão territorial muito menor”, conseguem atender as suas próprias demandas. O que não acontece aqui em Mato Grosso. Atualmente, a Politec está em 18 pólos espalhados pelo Estado, mas somente seis deles possuem algum perito.


Ele relata que, em determinados plantões no interior do Estado, os peritos precisam se deslocar por vários quilômetros, ida e volta, mais de três vezes ao dia. Por isso, fala que a realidade do perito “é de muito trabalho”. “Nosso Estado é enorme. Damos conta de muitos em casos em muitas áreas diferentes. Às vezes, temos que deslocar 400 ou 500 km para atender uma ocorrência. Isso tem desgaste ao longo do mês e ao longo do ano.”
Antônio destaca que o trabalho do perito é essencial para a Justiça. “É emitir um laudo que consiga ajudar a justiça decidir se a pessoa é inocente ou culpada”. Ressalta também que, por ser um trabalho científico e que possui metodologias próprias, os profissionais precisam acompanhar as novidades no mundo da ciência. "Tem muita técnica e equipamento novos”.
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